"Se queres prever o futuro, estuda o passado." (Confúcio)

domingo, 18 de outubro de 2009

OBJETO: LUMINÁRIA



Buscou-se trabalhar a luminária como um objeto para transmitir a vanguarda cubista. Logo, pelo fato do cubismo ser constituído por três períodos, trabalhou-se com a forma triangular, também pelo fato de que o cubismo remete a pontas.


O primeiro período chama-se cubismo cezaniano (pré- analítico): fase inicial do cubismo. Baseava-se na obra de Cézanne, sobretudo no carácter analítico das formas e planos de cor, que influenciou a análise de paisagens e objectos.


O segundo período chama-se Analítico, que tem por característica a desestruturação da obra em todos os seus elementos. Decompondo-a em partes o artista registra todos os seus elementos suscessivos e superpostos procurando a visão total da figura, examinando-a em todos os ângulos no mesmo instante, através da fragmentão desta.


Seguindo esta linha, o terceiro periodo conceituado como sintético ou de colagem, decorre do começo da utilização de elementos tais como letras, bocados de madeira, cartas, estes eram introduzidos numa tentativa de estimular a visão. Além disso o cubismo de colagens não visa explorar a expressão ou a decoração, mas sim a realização da própria peça enquanto obra de arte.


Desta forma, foram escolhidas diferentes imagens para a colocação nas faces da luminária, na primeira face pensou-se na arquitetura, mas sem deixar de lado as artes, que com certeza foram as mais difundidas nesta vanguarda, utilizou-se como plano de fundo a Chochol House, aplicando sobre esta uma pintura inspirada no retrato de Ambroise Volard, também de Picasso, que utiliza de formas geométricas e tons terrosos, este tipo de obra pertence ao cubismo Cézanniano ou Pré-analítico.


A face maior,é uma obra de Picasso, chamada Olga, o amor mais famoso do pintor, o qual também é ícone inconfundível do cubismo, essa obra de arte é da segunda fase cusbista também chamado de cubismo Analítico.


Na terceira fase cubista, chamada sintética, as colagens estavam em alta, sendo assim na última face da luminária criou-se uma colagem inspirada na época estudada, usando-se de fotografias do grupo, deixando explicita nossas identidades.


A luz da luminária representa nesta obra que novas idéias estavam surgindo, como um tempo de iluminação criativa, que os artistas se preocupavam cada vez mais em romper com a rotina e se destacar como intensos inovadores.


O acrilico utilizado, faz referência ao vidro que em muitas obras cubistas que relembravam a vidros estilhaçados, trazendo a identidade tão singular que esta vanguarda apresenta.


Cabe ressaltar que apesar de cada face estar representando de modo direto ou indireto os periodos do cubismo, houve a intenção de invadir uma obra a outra para que haja uma interpenetração das mesmas, transmitindo a transiçao dos periodos e não tornando-os tenues, fazendo que cada espaço interaja um com o outro tornando-se um só objeto mas que apresente os três períodos.
 
 

Principais Artistas Cubistas.



O Cubismo surgiu com Picasso e Braque em Paris, 1907, onde um grupo de jovens pintores logo aderiram ao movimento. Esses artistas se basearam nos trabalhos de Cézanne e tentaram recriar a relação entre espaço e volume das formas, se opondo aos valores predominantes do Impressionismo. A maioria dos Cubistas, se preocupavam mais com a forma geométrica.


Picasso e Braque, utilizavam linhas curvas, demonstrando que o Cubismo não necessariamente teria que ser pintado em formas de cubos, mas teria que oferecer uma visão tridimensional num plano de duas dimensões. Eles tomaram aspectos de cenas que não poderiam ser visualizadas individualmente e tornaram visíveis simultaneamente.


As paisagens de Braque foram os primeiros trabalhos criados no Cubismo. Picasso foi fortemente influenciado pela arte primitiva, pelas mascaras africanas e esculturas Iberianas, podemos ver essas características no quadro "Les Demoiselles D'Avignon", pintado em 1907, que se caracteriza pela destruição de harmonia clássica das figuras e na decomposição da realidade.


De 1909–1912 O Cubismo Analítico é o estilo de pintura que Picasso desenvolve com Braque. usando cores marrons monocromáticas. Eles pegaram objetos e os analisaram em suas formas. A pinturas de Picasso e Braque eram muito semelhantes nesse período.


Após esse período, o Cubismo Sintético (1912–1914) dá continuidade a essa vanguarda. Ele é caracterizado pelo uso de fragmentos de papel (papel de parede ou jornais) que eram colados em composições, marcando o primeiro uso da colagem nas artes plásticas.


As grandes composições de Braque incorporaram o objetivo cubista de representar o mundo como pode ser visto a partir de um número de pontos de vista diferentes. Ele queria transmitir um sentimento de ser capaz de se movimentar dentro da pintura.


George Baque - Mulher com uma guitarra (1913)



Pablo Picasso - Les Demoiselles D'Avignon (1907)


Cubismo


O marco inicial do Cubismo ocorreu em Paris, em 1907, com a tela Les Demoiselles d''Avignon, pintura de Pablo Picasso. Nesta obra, o artista espanhol retratou a nudez feminina de uma forma inusitada, onde as formas reais, naturalmente arredondadas, deram espaço a figuras geométricas perfeitamente trabalhadas. Tanto nas obras de Picasso, quanto nas pinturas de outros artistas que seguiam esta nova tendência, como, por exemplo, o ex-fauvista francês – Georges Braque.

A vanguarda cubista, foi um movimento artístico que surgiu no século XX e foi considerado o mais influente deste período. Com suas formas geométricas representadas, na maioria das vezes, por cubos e cilindros, a arte cubista rompeu com os padrões estéticos que primavam pela perfeição das formas na busca da imagem realista da natureza. A imagem única e fiel à natureza, tão apreciada pelos europeus desde o Renascimento, deu lugar a esta nova forma de expressão onde um único objeto pode ser visto por diferentes ângulos ao mesmo tempo.

A qualidade provocativa de toda a arte cubista deriva de sua ambivalência entre a representação e a abstração. No limite da dissolução do objeto em suas partes componentes, as alusões ao mesmo oscilam dentro e fora da consciência.

Historicamente o Cubismo se dividiu em duas fases:

• Cubismo Analítico - caracterizado pela desestruturação da obra em todos os seus elementos. Decompondo a obra em partes, o artista registra todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total da figura, examinado-a em todos os ângulos no mesmo instante, através da fragmentação dela. A cor se reduz aos tons de castanho, cinza e bege.

• Cubismo Sintético - reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e à destruição de sua estrutura. Basicamente, essa tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis. Também chamado de Colagem porque introduz letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção do artistas em criar efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações visuais que a pintura sugere, despertando também no observador as sensações táteis.

Cabe ressaltar ainda que, geralmente são citadas três fases do Cubismo, contudo, esses termos não são considerados adequados, uma vez que tentam estabelecer grandes diferenças estéticas dentro de um estilo em processo de definição e evolução. Embora não seja o correto, apresentar-se-á o que chamam de primeira fase das demais:

• Cubismo Cézanniano: também chamado de pré-analítico foi a fase que iniciou o movimento do cubismo. Baseava-se na obra de Cézanne, sobretudo no carácter analítico das formas e planos de cor, que influenciou a análise de paisagens e objetos. A poderosa sensação de volume, peso, corpo e espaço, compensavam as perdas. A abstração predomina no fundo, assim como, o amarelo e sombreados laranja-escuro.

Seguindo esta linha de pensamento, esta vanguarda, pretende representar os objetos, abstraindo a sua “aparência imediata”. Além disso, como adversários da representação direta dos objetos, pretendiam, partindo da ciência e dos seus métodos, criar uma arte inteiramente nova, que se dirigisse especialmente á inteligência e ao espírito. Apesar de ser considerado um ato de percepção individual, o movimento possuía coerência; ressaltando ainda, a inspiração na arte africana (sua "racionalidade") e no princípio de "realização do motivo" de Cézanne.

O pintor Cubista, representa simultaneamente na tela, vários aspectos de um mesmo objeto, ou seja, representa aquilo que conhece ou entende ser o objeto, e não apenas a imagem óptica desse objeto, bem como descarta completamente a intenção de imitação. O Cubista, rejeita a representação num espaço pictórico projetado para além do plano do quadro, em vez disso, cria um espaço “estreito”, que aceita a materialidade objetiva da tela, e nesta desenvolve uma superfície onde os objetos plásticos se situam e se inter-relacionam.

Em decorrência disso, em 1912, surge a técnica inovadora da colagem, tentando demonstrar que o quadro pode ser um objeto capaz de sensibilizar o observador, apenas pela simples disposição dos elementos materiais que o compõem; e que, por outro lado, não é necessário que estes elementos tenham qualquer afinidade entre si (areia, vidro, espelho, tecido, etc.), podendo mesmo ser objetos do cotidiano investidos com um valor estético.

Cita-se como principais características cubistas:

• geometrização das formas e volumes;

• renúncia à perspectiva;

• o claro-escuro perde sua função;

• representação do volume colorido sobre superfícies planas;

• sensação de pintura escultórica;

• cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave.

Após ter início com Braque e Picasso, vieram a aderir ao Cubismo, Fernand Léger em 1908; Robert Delaunay, Gleizes, Le Fauconier, Metzinger, Francis Picabia e o escultor russo Archipenko em 1909; Roger La Fresnaye, Marcoussis, Jacques Villon (Gaston Duchamp) e seu irmão Marcel Duchamp em 1910; a adesão de Juan Gris e a fundação do “Salon de la Section d’Or”, em 1911.

O cubismo teve influencia na França, Europa, EUA, Portugal e no Brasil. Neste somente após a Semana de Arte Moderna de 1922. Mesmo assim, não encontra-se artistas com características exclusivamente cubistas em nosso país. Muitos pintores brasileiros foram influenciados pelo movimento e apresentaram características do cubismo em suas obras. Neste sentido, podemos citar os seguintes artistas : Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti.

O fim do movimento cubista deve-se à eclosão da Primeira Guerra Mundial, em agosto de 1914. Não obstante, pelas suas características abstratas, foi bastante adaptável, inspirando movimentos como o futurismo, o orfismo, o purismo e o vorticismo.



Cubismo na Escultura

A escultura cubista, cujos principais nomes formam Brancusi, Gonzalez, Archipenko, Lipchitz, Duchamp-Villon e Henri Laurens, desenvolveu-se separadamente da pintura, apesar do intercâmbio inicial de idéias-chave. Entre os escultores, Duchamp-Villon, merece ser citado. É considerado um dos primeiros escultores cubistas e realizou uma tentativa de conceituação da escultura cubista, relacionando-a à arquitetura. A peça em bronze "O Cavalo", com seu efeito dinâmico, é um bom exemplo de sua obra.

Diante do exposto, o grupo observa, que o cubismo é uma forma de o artista se expressar com maior liberdade, sem ter que estar preso á forma de um modelo, podendo criar conforme a sua imaginação e inspiração.

Karoline Zanetti

domingo, 4 de outubro de 2009

Historicismo

Historicismo pode ser definido como a tendência de se inspirar em uma ou diversas épocas passadas. O historicismo começa no século XVIII. É o conjunto de estilos arquitetônicos, entre eles, o neogótico, neomanuelino, neocolonial, neo-renascença, etc. Todo o século XIX assistirá a uma série de crises estéticas que se traduzem nos movimentos chamados revivalistas, que surgem na Europa, ou pelo fato das inovações tecnológicas não encontrarem naquela contemporaneidade uma manifestação formal adequada, ou por diversas razões culturais e contextos específicos.

O primeiro destes movimentos foi o já citado Neoclássico, mas ele também vai se manifestar na arquitetura neogótica inglesa, profundamente associada aos ideais românticos nacionalistas.

O abandono intenso do Neoclassicismo pelo Historicismo começou em 1840, com a construção do Parlamento Inglês por Charles Barry, com a contribuição de Pugin.


A diferença do Revival para o original:


As regras do estilo eram retiradas de uma análise, aplicadas de forma acadêmica, ao contrário da utilização liberal dos cânones que lhes tinha permitido criar obras significativas. As formas são emprestadas, roubadas. A combinação levava por vezes a incoerências, como a proporção.


No Brasil e em outros países da América Latina foi muito popular a partir dos anos 1910 até finais da década de 1930 o estilo neocolonial, que recriava os estilos vigentes durante a colonização.



Parlamento Britânico e torre do relógio, representantes do neogótico. Fonte: wikipedia.



Referências:

http://www.dicio.com.br/historicismo/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_historicista


http://www.ecivilnet.com/artigos/historia_da_arquitetura_3.htm



Postado por: Laura Linhares

Art Nouveau

Art Nouveau – Arte Nova

Foi um estilo estético essencialmente de design e arquiteturaa que também influenciou o mundo das artes plásticas. Relacionado com o movimento arts & crafts (artes e ofícios) e que teve grande destaque nas últimas décadas do século XIX e primeiras décadas do século XX.
Relaciona-se com a exploração de novos materiais (como o
ferro e o vidro, principais elementos dos edifícios que passaram a ser construídos segundo a nova estética) porém, era muito mais expressivo na arquitetura de interiores.
Seus maiores ícones são, as casas de Bruxelas de Vistor Horta, o Hotel Tassel com muitas ondas e curvas.
No
Brasil, teve fundamental participação na divulgação e realização da art nouveau o artista Eliseu Visconti, pioneiro do design no País.

Estação de Metrô de Paris - Hector Guimard

Casa Gaudí em Barcelona - Antoni Gaudi


Casa Savoy - Victor Horta Hoje em dia ela é o Hotel Tassel.













Postado por: Karoline Zanetti

Neoclassicismo Hoje

Ainda é possível ver edificações atuais que imitam o estilo neoclássico. Isso geralmente acontece nas grandes metrópoles, mas, nas cidades menores, não é muito diferente. Em Chapecó-SC, pode-se encontrar alguns exemplares desse neo-neoclassicismo.




Havan. Foto: Laura Linhares, set. 2009


Vê-se elementos clássicos como o frontão e as colunas, porém uma total desproporção de escala humana, um projeto apenas preocupado com a fachada, uma arquitetura de cópia mal feita. A total banalização do estilo e da profissão arquiteto, que é visto como alguém que serve para adornar fachadas.

E os exemplares não param por aí. É possível encontrar residências e edifícios comerciais que copiam esse estilo.





Capela Cristo Redentor. Foto: Laura Linhares, set. 2009.

Residência. Foto: Laura Linhares, set. 2009.


Valorizar a arquitetura de outras épocas é necessário. O neoclassicismo é importante, mas seu tempo já passou. Copiá-lo nos dias atuais não parece ser uma atitude muito sensata. Será que também não temos história para contar através da nossa arquitetura? Paramos no tempo?

Reflita, aprenda e reinterprete o passado, mas viva no presente!



Postado por: Laura Linhares

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Altes Museum

O Altes Museum, localizado em Berlim- Alemanha é uma das estruturas neoclássicas mais belas do mundo. Foi oficialmente inaugurado em 1830, sendo um dos primeiros museus da Europa expressamente construídos para albergar uma coleção real de pinturas e antiguidades.



A arquitetura Neoclássica faz referência a arquitetura clássica, principalmente da Grécia e de Roma. Palácios, teatros, museus, câmaras parlamentares, tem formas exteriores próprias dos templos clássicos.
Nota-se que o Altes Museum remete aos templos clássicos, pois uma das características da arquitetura Neoclássica é a utilização das ordens clássicas e as suas proporções.



Pode-se perceber a presença de colunas de origem jônica na fachada (ordem clássica), a escadaria imponente que faz com que o exterior do edificio transmita a ideia de grandiosidade e força. Temos também o entablamento, estátuas eqüestres na fachada e as linhas volumétricas que se destacam são horizontais, sendo as verticais secundárias. E é estabelecido um eixo de simetria.


Postado por: Karoline Zanetti